sábado, 21 de fevereiro de 2009







."às vezes,

quando tomo consciência da manhã no primeiro âmbar dos espelhos vazios, lavrados pelas lágrimas da noite, quando o teu corpo surge do escuro, sob o lençol, como as poltronas de Agosto numa casa deserta, e os teus ombros e o teu nariz nascem da sombra, semelhantes a corolas mortas na almofada,

às vezes, (...)" António Lobo Antunes, em A Ordem Natural das Coisas .

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