quinta-feira, 24 de julho de 2008




. Nunca percebi quando se deixa de ser pequeno para se passar a ser crescido. Provavelmente quando a parente loira passa a ser referida, em português, como «a desavergonhada da Luísa». Provavelmente quando substituímos os guarda-chuvas de chocolate por bifes de tártaros. Provavelmente quando começamos a gostar de tomar duche. Provavelmente quando cessamos de ter medodo escuro. Provavelmente quando nos tornamos tristes. Mas não tenho a certeza: não sei se sou crescido. António Lobo Antunes .

Sem comentários: